O fundador da Linguagem gestual foi Charles Michel de L'Epée, considerado a figura mais relevante na educação dos surdos. Esta iniciativa surgiu quando lhe foi solicitado o ensino do catolicismo a duas gémeas surdas. O abade compreendeu que era possível a expressão do pensamento através de gestos tão bem como na língua falada.
A LG é uma verdadeira língua, com um léxico e uma gramática própria, assim como a língua Portuguesa ou outra língua. Existe ainda a ideia de que a LG não existe, não é completa e muitos a tratam, erradamente, como uma linguagem.
Esta língua difere de todas as outras no aspecto, talvez, mais importante das mesmas: não se baseia em palavras. É uma língua de movimentos, de espaço, de expressões, do sentir verdadeiramente aquilo que se quer expressar e “dizer”. É uma língua extremamente rica. No plano da verbalização a LG apresenta a maior parte das características que se encontram nas outras línguas. Segundo António Vieira Ferreira: “Esta atinge a verbalização autêntica das operações intelectuais fundamentais que uma língua autoriza: ela permite julgar, argumentar, demonstrar, refutar e raciocinar” (LQ Gestuário da Língua Gestual Portuguesa).
A Língua Gestual Angolana, tem como objetivo contribuir na comunicação da pessoa surda com o ouvinte.
A deficiência auditiva não é uma incapacidade, devemos mostrar acessibilidade a pessoa com deficiência e dar a oportunidade e dignidade para se enquadrar na sociedade.
Portanto por meio da comunicação gestual a inclusão tem lugar sem ninguém ficar atrás. Vêm aprender mãos que falam olhos que ouvem.
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